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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Heleninha Bortone fez história na Rádio Nacional da Amazônia

Tia Heleninha, por mais de duas décadas 
foi locutora na  RNA
    No dia 1 de setembro de 1977 a Amazônia desperta aos olhos do mundo e a Radiobrás inaugura a Rádio Nacional da Amazônia. Inicialmente a emissora fazia suas transmissões em dois horários, um na parte da manhã e outro à tarde. Com o tempo, as transmissões foram ampliadas e o som da emissora podia ser ouvido das 06h às 20h. Um ano mais tarde o sucesso do trabalho realizado pela Rádio Nacional da Amazônia se consolida. As cartas chegam aos milhares e aos poucos a equipe se consolidava.
     No dia 1 de fevereiro de 1979, Helena Ardito Bortone passa a fazer parte da equipe da emissora. A então superintendente da Nacional da Amazônia, Rita Furtado propõe a ela a criação de algo diferente. No mesmo dia Heleninha viaja para São Paulo e no avião nasce à ideia de um programa infantil. Doze dias depois, em 12 de fevereiro daquele Ano Internacional da Criança, entra no ar o programa “Encontro com Tia Heleninha”. Um sucesso inesquecível da emissora. O programa recebe dois prêmios: Ondas, em Barcelona, Espanha, em 81 e a medalha do Pacificador Duque de Caxias com o quadro Casinha Verde-Oliva.

Trecho do programa “Encontro com Tia Heleninha” (Anos 80)
     

   No programa Heleninha apresenta músicas infantis, contava histórias e apresentava outras gravadas em discos, como as conhecidas histórias da coleção Disquinho. 

“A Formiguinha e a Pomba” - História da Coleção Disquinho.
     De imediato a radialista conquistou o gosto das crianças e adultos, e passou a receber milhares de cartas que agora o tratavam apenas como Tia Heleninha. "As músicas enseridas no programa pertenciam época mais rica da música infantil. Patotinha, Balão Mágico, Trem da Alegria. Foi uma época riquíssima em músicas infantis", contou Heleninha em uma entrevista a Rádio Nacional da Amazônia pouco antes de sua partida.
    Ainda no primeiro ano de estréia de Heleninha na Rádio Nacional da Amazônia, em janeiro de 1980 ela começou a apresentar a radionovela “História do Dito Gaioleiro”, que contava a história de um menino que fazia gaiola e que junto com outras duas crianças vivem uma experiência inesquecível. Encontram na mata um poderoso feiticeiro, “Nêgo Véio”, que graça a truques mágicos, faz com que os três embarquem em uma viagem ao mundo dos bichos. (História Completa no Link!) 

Capitúlo 01 da radionovela “História do Dito Gaioleiro” - (janeiro de 1980)
     Em seguida vem várias outras histórias, “Uma casa para muitos”, “Meu Pé de Laranja Lima”, “O Circo Chegou”, “Uma Noite de Natal”, “Poliana”, “Poliana Moça”, “Dois Grandes Amigos”, sem falar dos personagens dos livros infantis que ela escreveu, como “Precisa-se de um Avó” e “Desculpa Mãe”.

Trecho da história “Dois Grandes Amigos” (1986).
    O programa “Encontro com Tia Heleninha”, permanece no ar por 20 anos interruptos, até 1999. Nesse período recebeu cerca de 6 milhões e setecentos e vinte e oito mil cartas. Com o programa fora do ar, a Rádio Nacional passou a receber centenas de carta pedindo o retorno de Heleninha.
   Em 2002, atendendo o apelo dos ouvintes Heleninha volta para a Rádio Nacional da Amazônia e passa a apresentar o programa “Ciranda Nacional”, que tinha as mesmas características do “Encontro com a Tia Heleninha”, mas o programa fica no ar por um período bem menor, até 20 junho de 2004. Com o fim do programa Heleninha vai para Rádio Nacional de Brasília, onde passa a apresentar o programa “Espaço Arte”, um talk show ligado ao mundo da arte.

Trecho do programa “Espaço Arte” (2008)
    Como sempre acontecia quando Heleninha por algum motivo tinha que se afastar da emissora, os ouvintes da Amazônia escrevem centenas de cartas pedindo o seu retorno. E assim no dia 12 de junho de 2006, junto com o locutor Carlos Moreira ela também passa a apresentar o programa, “Pra Lá de Bom”, cujo grande destaque era o quadro “Histórias que Encantam”, que apresentava pequenas histórias com grandes lições de vida. Ainda passaram pela apresentação do Prá Lá de Bom, junto com Heleninha, Alisson Machado e José Nery. Sendo assim vamos deixar que Heleninha conte uma de suas histórias. 

Pra Lá de Bom - Histórias que Encantam (2008)
    Em meados de 2008, os amigos de Heleninha recebem a notícia de que ela estava com câncer. Logo após a descobertas são iniciados os tratamentos, não resistindo às terapias fomos todos surpreendidos com a notícia da sua passagem no dia 26 de junho do mesmo ano. Foi-se a amiga, a contadeira de histórias, a tia... Mas ficaram as lições de vida dessa que costumava espalhar recados pela redação da Rádio Nacional com os versos do profeta carioca: Gentileza gera Gentileza. 

Walter Lima em Homenagem a Heleninha (27 de junho de 2008)
    Por muito tempo fui ouvinte de Heleninha Bortone (Tia Leninha) e até hoje guardo as boas lembranças dos deliciosos momentos que ela pode proporcionar pelas ondas do rádio. E graças a magia do rádio sua voz ecoara eternamente em nossos corações.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

História do Dito Gaioleiro

História do Dito Gaioleiro foi reprisada dezenas de vezes 


     A História do Dito Gaioleiro, produzida em 1979 pela locutora Heleninha Bortone, foi a primeira radionovela da Nacional da Amazônia. A estreia ocorreu em janeiro de 1980 e contou com a participação de oito atores. A novela trata de três crianças de aproximadamente nove anos - dois meninos e uma menina - que passaram as férias juntas e viveram uma experiência inesquecível.
    Um dos garotos era Dito Gaioleiro, que morava no campo e era craque em fazer gaiolas e armar arapucas para pegar passarinhos. Encontraram na mata um “Nêgo Véio” temido pela fama de feiticeiro. Com os truques mágicos, ele fez as três crianças embarcarem num mundo de magia para fazer entender e respeitar a vida animal. E conseguiu. De volta ao mundo real, a amizade com o "Vêio" estava selada para o resto da vida. Daquele dia em diante, nada seria igual para os três companheiros. 
    A História do Dito Gaioleiro é uma novela com vários personagens, e ouvintes de todas as idades mergulham num mundo de fantasia dentro da mata, através dela. Além do enredo, ainda há várias cantos autênticas de pássaros que embelezam a história.
    Adaptada do livro O Fazedor de Gaiolas, de Jennart Moutinho Ribeiro, as gravações foram feitas numa pequena sala utilizada por todos os programas da Rádio Nacional da Amazônia. Para execução do trabalho, em pé, os radioatores e as radioatrizes se revezavam em dois microfones para interpretar as falas.
    A radionovela também revelou a radialista Mara Régia, que na época trabalhava na emissora como produtora. Mara interpretou Estelinha, que posteriormente inspirou a criação de Belinha. A personagem passou a aparecer no quadro Natureza Criança, dentro do programa Natureza Viva, que Mara passou a apresentar a partir de 1995. A personagem deixou de ser interpretada em 2008, após o falecimento de Heleninha Bortone.

Ficha técnica:

Adaptação: Heleninha Bortone
Sonoplastia: Antonio José Pereira de Souza (Tom Zé)
Reprodução: Gustavo Neto
Estreia: Janeiro de 1980
Atores: Marcelo (Tio João), Heleninha (Dito Gaioleiro e Narração), Luisa Inês (Tia Filoca, Mariana e Sabiá), Elizabel (Antonico e Tucano), Mara Régia (Estelinha), Antônio Carlos (Nego Véio, Macaco, Curió, Zé Marceneiro e Ditão Rachador de Lenha), Tânia Regina (Rainha Onça e Uinhambu) e Valdir (Galo)
Sonoplastia: Antônio José
Operador de Áudio: Peruca
Realização: Estúdios da Rádio Nacional da Amazônia
CP. 01 - História do Dito Gaioleiro

CP. 02 - História do Dito Gaioleiro

CP. 03 - História do Dito Gaioleiro

CP. 04 - História do Dito Gaioleiro

CP. 05 - História do Dito Gaioleiro

CP. 06 - História do Dito Gaioleiro

CP. 07 - História do Dito Gaioleiro

CP. 08 - História do Dito Gaioleiro

CP. 09 - História do Dito Gaioleiro

CP. 10 - História do Dito Gaioleiro

CP. 11 - História do Dito Gaioleiro

CP. 12 - História do Dito Gaioleiro

CP. 13 - História do Dito Gaioleiro

CP. 14 - História do Dito Gaioleiro

CP. 15 - História do Dito Gaioleiro

CP. 16 - História do Dito Gaioleiro

CP. 17 - História do Dito Gaioleiro

CP. 18 - História do Dito Gaioleiro

CP. 19 - História do Dito Gaioleiro

CP. 20 - História do Dito Gaioleiro